DOM QUIXOTE PIXAIM - Livro de Poesias

“Sinta o gosto de cada linha, é no meio delas que os tambores ecoam bem mais alto do que as sirenes” (Bianca Chioma)
 
“Me choco com os versos desse poeta a cada novo texto que atravessa minha garganta e dá essa vontade de gritar junto, berrar pros quatro cantos do universo que estamos tão vivas e vivos quanto o mundo permita.” (Midria)
 
Dom Quixote Pixaim – Sobre Moinhos, Guerras e Sonhos é o primeiro livro de poesias
publicado pelo poeta Igor Chico. O livro que, em menos de um mês vendeu 100 cópias
somente na rua e em eventos abertos, foi publicado pela Editora Grandir e conta com uma
orelha escrita pela poeta Midria e com um prefácio escrito pela poeta Bianca Chioma. Seu
lançamento ocorreu em Dezembro de 2019 no Espaço Independente Fenda Paralela, na
Brasilândia, foi conduzido por Midria e Bianca Chioma e contou com um sarau com vários
poetas e amigos de Igor Chico e com um pocket show dos MCs: Caique Mendes e Bia Doxum.
 
O livro original do Miguel de Cervantes, Dom Quixote, entrou na vida do autor quando
ele tirou zero numa atividade da escola por não ter dinheiro pra comprar e ler o livro. Anos
depois conheceu o personagem e se identificou com a loucura, os moinhos e os sonhos –
desses que as vezes não cabem no mundo. Foi daí que nasceu o seu fanzine Dom Quixote
Pixaim: colocar sua poesia no mundo e se arriscar nisso, sendo um jovem negro nascido no Brasil, parecia coisa de louco. Mas foi essa loucura que fez com que o silêncio se transformasse em poesia guardada na gaveta, a poesia guardada na gaveta se transformasse em fanzine e o fanzine se transformasse em um livro.
 
 
“As linhas aqui são sobre moinhos, lutas e sonhos. Sobre monstros - como a baixa
autoestima, o desânimo e a falta de perspectivas - que parecem maior do que são.
Sobre monstros que são grandes mas não são imortais - como o racismo, a fome, a
repressão ao nosso corpo, as cadeias e a violência policial. Mas também sobre sair de
manhã e voltar pra casa com a sacola cheia de mistura. Sobre se olhar no lago e amar
o que vê. Sobre bailes, cultos, giras. Sobre brilhar de dia e ser amigo da madrugada.
Sobre aprender a sonhar mesmo quando parece impossível. Sobre ser livre e driblar as
correntes.”
(texto de abertura do livro, escrito pelo poeta Igor Chico)